sexta-feira, 30 de setembro de 2011

VIVENDO SOB OCUPAÇÃO

Eu, Rubem Baz, escrevo essas coisas para que fique registrado. Desde 2003 que vivo sob ocupação no meu próprio país. Tive a coragem de denunciar um bando, uma quadrilha, um cartel que domina aquele que era meu setor de atividade profissional, a Segurança Privada. Desde então não consigo mais trabalhar, já que preciso de licenças da P. Federal, da RFB, do INSS, da DRT e muitas outras, alem, é claro, de participar de licitações públicas, dominadas por corruptos a serviço de partidos politicos. Alem disso, os politicos, que são beneficiários desses esquemas todos, fizeram uma lei de desarmamento que é um monumento à estupidez, que me impede de andar armado, para minha própria defesa. Lógico que havia outros "interésses" por trás dessa lei. Mas agora estou aqui, parado, sem poder trabalhar, tendo que viver longe da minha família, que não vou expor a riscos, claro. E sozinho, absolutamente só. Vivendo sob ocupação em meu próprio país. Se eu vivesse em Ramalah, na Cisjordânia, até seria aceitável, mas em meu próprio país, na cidade  em que eu nasci, a 100 Km de onde eu servi ao meu Exército, isso é inadmissível. Por ter sido alvo de uma criação correta, rígida, no respeito aos bons costumes, não consigo  me adaptar nesse mundo, nesse caldo genético em que se tranformou o Brasil, onde a mistureba racial forjou um homem cujos principios morais, éticos e religiosos são voláteis, dúbios. Muitos dos que tem mídia, dos que tem platéias, afirmam coisas e coisas e depois fazem exatamente ao contrário. Esse é o Brasil de hoje. Trabalhar para mudar isso é minha razão de viver e devo insistir, até morrer. Deus é que vai decidir se terei sucesso. Ou não.    
    

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