NIETZSCHE: SE SEGURA, MALANDRO
"O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte". Friedrich Nietzsche. As palavras de Nietzsche, traduzo-as para o bom portugues: "rio que tem piranha, jacaré nada de costas". Não é hora de se assustar, senhores. Como bom soldado, sei de uma coisa: barulho nunca matou ninguem. Enquanto o ribombar dos canhões só pode ser ouvido, não podem causar nenhuma baixa. E eu, Ruben Baz, pessoalmente lhes digo que, como soldado, nessa vida, aprendi que nós, soldados, só devemos começar a lutar depois que as carniças começam a feder, ou seja, o fumo dos canhões só nos faz sombra. Uma coisa eu quero deixar claro: sou soldado, mas não militar. Eu luto, e é só. Tambem não sou eu que faço as guerras, eu apenas luto nelas. Nós, brasileiros, já deveriamos estar acostumados. Desde que somos uma Republica, 120 anos, já passamos por tres ditaduras. Floriano Peixoto, Getulio Vargas e os Militares. Elas ocorrem a cada trinta anos, mais ou menos. O ultimo periodo não democratico, para contrabalançar com recursos não contabilizados, encerrou-se em 1988, com o promulgação da nova Constituição. Vinte anos, portanto. Em mais dez ou quinze anos poderemos estar vivendo mais um periodo não democratico, outra vez. Elas, as ditaduras, ocorrem por dois motivos: primeiro, a classe politica não aprende nunca a conviver em Democracia plena. Estão sempre envolvidos em escândalos e só preocupados consigo mesmo. Não cumprem a função a que se propõem. Segundo, enquanto não abandonarmos os Estamentos Portugueses e mudarmos o Sistema Politico Administrativo Brasileiro, descentralizando verbas e decisões, respeitando as diferenças culturais de Estados e Regiões do Brasil, sempre voltaremos a tempos de exceção. Ainda não somos uma Nação de verdade, conforme Rousseau. Por isso que lhes digo, nesses tempos de ameaças televisivas, fiquem firmes, não abandonem as posições, e mais do que nunca, lutem. Lutem. Só a boa luta, o combate franco, vai trazer a Vitória. Traduzindo Nietzsche de novo: SE SEGURA, MALANDRO.
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