SANGIN

O PR Barack Obama acaba de nomear o General David Petraeus o novo comandante militar do Afganistão, na guerra que combate o Talebã na Asia. Em 2002 fui convidado por um colega empresário de segurança privada de Goiania para trabalhar na Xe, antiga Blackwater, companhia de segurança de  North Carolina, nos EUA. Morri de vontade de me mandar, mas com 400 empregados, uma mulher e um cachorro, o que eu podia ter feito? Fiquei e me ferrei. Em vez disso comecei uma guerra contra um cartel de empresarios de segurança que corrompe todo o setor no RS, com vários servidores públicos, estaduais e federais envolvidos. Essa guerra ainda se arrasta, pois tem que ser lutada com armas velhas, ineficientes, as leis brasileiras. Mas continuo com a esperança de entrar em ação qualquer dia desses. Me gustaria mucho que fuera en Cuba. Tenho a impressão de que depois que a Mumia Andante morrer, os cubanos vão finalmente reagir e começar a virar o jogo em que eles, a sociedade como um todo, acabaram escravos de um Ditador e de uma familia, os Castro. E quero tomar parte nisso com vontade. De onde eu sou se fabrica soldados, de primeira, e eu sou um deles. Não militar. Apenas soldado, tigers. Perigoso é viver num pais sem estabilidade nenhuma como esse, onde os politicos querem tudo para eles, dinheiro, poder, manchetes, negocios e as mais lindas mulheres, claro. Mas se eu já estivesse em ação, estaria no Afganistan, com certeza. E queria estar é em Sangin, o distrito militar mais violento de lá. Um lugar onde ninguem dorme, porque dormir significa morrer. A lei da guerra é clara: só morre quem não mata. Que se dane. Faria por dois motivos: primeiro pela aventura. Depois por dinheiro. Nessa vida existem dois tipos de pessoas, aquelas que fazem ações e aquelas que sofrem ações. Já deu pra ver que tipo de pessoa eu sou. Quanto aos escrupulos eu deixo para aqueles que sofrem ações.