Observando a atitude discriminatória do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, para com uma moradora de áreas de risco da periferia da cidade, oriunda do estado do Pará, não posso deixar de associar o fato com uma discriminação que ocorre sempre com nós, gaúchos, em vários estados do Brasil. Cento e sessenta e seis anos são passados desde que a República Piratini assinou a Paz de Ponche Verde com o Império do Brasil, em 1º de Março de 1845. Lembro-lhes que mesmo tendo sido uma pacificação feita pelo então Barão de Caxias, futuro Duque de Caxias, um grande general do Império, nem mesmo assim os termos do Acordo de Paz foram desonrosos para nós. Em não sendo uma rendição incondicional, o Acordo previa concessões do governo imperial aos revoltosos para que parassem as hostilidades: 1. O perdão aos revoltosos. 2. A garantia de posse de suas propriedades. 3. Admissão dos Oficiais revolucionários no Exército Imperial nos mesmos postos que ocupavam. 4. Tambem concedia Liberdade aos cativos que serviram nas fileiras republicanas - 40 anos antes da Abolição da Escravatura no Brasil. 100 anos depois os gauchos tomaram o Brasil, com Getulio Vargas, mas nem por isso ensejamos nos separar da República Federativa do Brasil. Ao possuirmos o poder total, com Vargas, de 1937 a 1945, impusemos ao Brasil uma verdadeira Revolução Industrial, com o surgimento da industria siderurgica nacional e a industria petrolifera brasileira, alem de muitos outros avanços. E não nos separaremos do Brasil, nunca. O que desejamos é o mesmo que todos desejam para si: Justiça. Justiça e Liberdade de poder decidir seus próprios destinos, mas sem deixar nunca de ser brasileiro, do grande Império do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário