Para a minha geração, que não teve a oportunidade de viver no tempo dos grandes, pois pegamos a refrega de 64, tenho para mim que os maiores correspondentes internacionais que o Brasil teve foram José Hamilton Ribeiro, hoje na Globo e Flavio Alcaraz Gomes, da Radio Guaíba e jornal Correio do Povo. Esses eram jornalistas que iam onde a noticia estava, correspondentes de guerra que foram. Ontem, 06 de Abril, Flavio Alcaraz Gomes atravessou o portal que divide os mundos. Agora só sobrou um. Agora, os grandes estão todos ou quase todos do lado de lá, nos observando e dando muitas gargalhadas. Ainda temos um Jabor, mas até quando? Espero que por muito ainda, mas infelizmente, tem uma regra que é muito verdadeira: "os bons vão primeiro". Sim, porque o que está sobrando por aqui é "cachorrinho amestrado", desses jornalistas que, ou não tem coragem ou estão com os bolsos cheios e a boca fechada, travada, omissos, e, muitas vezes, concordinos até, f.d.p. Desses está lotado, existem em pencas, como se diz. Ai estão tambem os malandros, habilidosos só com o computador, capazes de sentar num quarto de hotel e fazer uma matéria até com sons de lugares onde jamais colocaram os pés. São os jornalistas Power Point. Flávio, para onde quer que voce tenha ido, vá com uma certeza absoluta: aqui, nessa curta passagem que é a vida, voce cumpriu sua missão. Hasta la vista.
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