domingo, 24 de abril de 2011

JUSTIÇA RÁPIDA DEMAIS

O processo que envolve a prisão, condenação e execução de Jesus de Nazaré não é modelo de Justiça para ninguem. No domingo de ramos ele entra em Jerusalem, triunfalmente, aclamado, ainda que em lombo de burro. Com isso despertou a inveja e a ira dos lideres politico-religiosos judeus, que trataram, na encolha, de denunciar aquele que se auto proclamava Rei dos Judeus. Na segunda, terça e quarta-feira a politicagem comeu solta em Jerusalem, com a rica sociedade judaica denunciando o pobre que tentava usurpar um cargo que não lhe pertencia, que não fora outorgado pelos "donos do poder". Na quinta-feira Jesus já sentiu que o clima não estava bom e tratou de se despedir dos seus seguidores mais chegados, os apóstolos. Foi quando rolou a cerimônia do lava-pés e a ultima ceia. Na quinta mesmo, Ele foi traído pelo X9 Judas, que pegou dinheiro da policia, os romanos, e o denunciou com um beijo na face. Preso na quinta a noite, passou a noite no calabouço e sexta pela manhã foi julgado e condenado a morrer na cruz, não sem antes passar pela enganação do lava-mãos, tipo "foi voces que decidiram" colocar Ele no lugar de Barrabás. Quantos de nós, muitas vezes, não lavamos as mãos simplesmente, para com os problemas comuns a todos? Após a tortura, a condenação e a execução, propriamente dita, a crucificação. Esse é  um exemplo de erro coletivo de toda uma sociedade, pois a condenação de Jesus resultou de um processo politico, onde os covardes politicos judeus tinham medo de perder o pouco poder de que dispunham, vez que estavam sob ocupação romana. Mau exemplo de uma Justiça rápida demais, que usava da tortura fisica como forma de obter confissões e sem direito à ampla defesa do acusado. Certamente que ninguem deseja esse tipo de Justiça, mas que o Sistema Judicial brasileiro precisa ser acelerado, ninguem duvida. Inquéritos conduzidos por delegados, cujos procedimentos são todos refeitos depois pelo MP, devem ser coisa do passado, só existe ainda no Brasil. Em quaisquer outros  países, quem conduz as investigações é o próprio MP, que apresenta a Denuncia à Justiça, quando não o próprio Juiz, no caso do crime organizado, Máfias. E não existe aquele negócio de cela especial para detentores de diplomas de terceiro  grau, responder em liberdade para quem tem endereço e trabalho definidos, e muito menos aguardar decisão de recursos  em liberdade. O que garante a diminuição dos índices de violência é a certeza da punição. Exatamente o que não ocorre no Brasil. A partir disso, muitos não vão querer entrar no mundo das prisões e aqueles que entrarem, não vão querer voltar.

Um comentário:

  1. Só para constar: judeus não comemoram a Pascoa, o renascimento. Eles comemoram o Pessach, a passagem, quando Moisés guiou-lhes para fora do Egito e da escravidão, pelo deserto e a passagem do Mar Morto e tudo o mais. Para eles, os judeus, o Messias ainda não veio, pois não consideram alguem que nasceu numa estrebaria, humilde, como o Rei dos Judeus. Por isso o calendário judeu está muito a frente do calendário dos cristãos.

    ResponderExcluir