BRASIL EMPREENDEDOR?
A CORRUPÇÃO ENDÊMICA DOS “NEGUCINHOS”. Designa-se como endemia, qualquer fator mórbido ou doença espacialmente localizada, temporariamente ilimitada e cujo nível de incidência seja significativa para uma determinada população ou região. É o Brasil. Aqui, nessa Republica de Weimar, todo mundo tem seu “negucinho particular”. Se você abrir qualquer negócio, e o Sebrae esta ai para te ensinar a pagar impostos, logo você vai descobrir do que estamos falando. Primeiro vai ser o cara do Alvará da Prefeitura, que vai te pedir uma “força”, salário baixo, sabe como é, né? Se você for vender alimentos, o da Saúde também vai querer um “ajutóriosinho”. Aqui no RS tem a Fepam. Isso quer dizer licença ambiental até para a instalação de trailer de cachorro quente. Se você não for do partido do cara tudo bem, tem “jogo”. Caso o seu negocio seja um pouco maior você vai ter que se adaptar ao meio, quer dizer, ter uma “conversa” com o cara do Sindicato Profissional para evitar “fiscalizações de rotina” do Ministério do Trabalho, do INSS e até da RF. Também é preciso ficar atento para não entrar no “bonde errado”, isso quer dizer não entrar numa “concorrência” pública que já tinha dono. É, elas não são tão públicas assim. É muito comum em fornecimentos para Prefeituras, Estados e até para a União. Chamam isso de “briga de cachorro grande”. Se você não tiver respaldo, dinheiro, advogados e até capangas, é melhor ficar de fora. Daí em diante vem a parte da Política, propriamente dita. E isso envolve especialmente as grandes obras. No Brasil existem 3 grandes empreiteiras, a saber: Camargo Correa, Mendes Junior e OAS. São os tais cachorros grandes. E é preciso ter cuidado com eles. Zuleido Veras, da Gautama, começou a se “espichar” numas obras e deu no que deu, com a PF dando um par de pulseiras para ele. E não foi fácil sair, levou um bom tempo. Mas também, até iate para Governador e Ministra andou emprestando. Um abuso, uma petulância, uma afronta aos “princípios” democráticos. Me contou um lobista uma vez que só para “colocar” uma grande obra no tal Orçamento da União, para o ano seguinte, são 5% do valor da obra, adiantados. Depois, quando finalmente sai a verba para o raio da obra, são mais 5%, pagos sempre adiantados. É uma maravilha. Por isso que deputado que entra nessa “Comissão” sempre se dá bem e fica igual a “criança cagada”, bem quietinho. Nada de chamar atenção. Pra que? Se as verdinhas estão correndo facin, facin. Esse é o BRASIL EMPREENDEDOR. Tem outros “negucinhos”, mas sobre esses eu não vou falar por que envolvem certos senhores, que são “impolutos”. E para esse fator mórbido, chamado corrupção, não há cura, segundo os médicos psiquiatras. Ou erradica-se, ou se sofre os efeitos da doença nesse espaço, Brasil, e nesse tempo em que vivemos. Tente você trabalhar com alguma coisa para começar a sentir a pressão também.
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