domingo, 3 de janeiro de 2010

CAPITAL X TRABALHO

Primeiro dia do ano 2010. TV Câmara. Debate sobre a redução da Jornada de Trabalho, de 44 para 40 Horas semanais. De um lado, Daniel Almeida, deputado federal pelo PCB da Bahia e Cícero Rola, secretário geral da CUT. Do outro, Índio da Costa, deputado federal pelo DEM do Rio de Janeiro e Emerson Cazalli, da CNI. Os comunistas, por não saberem o que é trabalho, pensam que a simples redução da jornada vai obrigar os empregadores a contratar mais trabalhadores. Eu, do Partido Alfa, como ex-empregador de porte médio, 500 empregados, e conhecedor, portanto, das relações do Trabalho, com muitas, mas muitas mesmo, experiências com Justiça do Trabalho, Sindicatos Profissionais e Sindicatos Patronais, posso falar sobre o assunto, de cadeira, como se diz. Detalhe, não nasci empresário, profissionalmente, mas como empregado, e dos bons. É lógico que a simples redução não vai causar mais emprego de pessoas, pois o patronal tem sempre a prerrogativa de escalonar os horários de trabalho. O que a redução pode causar aos verdadeiros grandes empregadores, as micros e pequenas empresas, são mais dificuldades ainda. Alem disso, são essas empresas as que mais sofrem nas mãos de uma legislação caduca, ultrapassada e que já deveria ter sido reformada a muito tempo. A CLT só trata das relações do Emprego, mas não tem um único artigo que trate do Trabalho, de como seria possível gerar e garantir mais Trabalho. Uma coisa é certa, o aumento do Emprego e da Renda só virá através do aumento da Produção, do Produto Interno Bruto, o PIB. Getulio Vargas garantiu aos trabalhadores uma grande proteção ao copiar a Carta del Lavoro, do facista Mussolini, a que ele chamou de CLT. Mas por outro lado, causou um grande mal a esses mesmos trabalhadores, ao anestesiar os sindicatos e seus presidentes, com dinheiro, ao criar o Imposto Sindical. São muitos milhões de reais, caindo automaticamente nas contas dos sindicatos, por força de Lei, sem que para isso seja preciso fazer nada. Com isso, sindicalista nenhum luta pelo trabalho de ninguém. Lutam com unhas e dentes sim, mas é por aumento da Base Territorial e criação de novos sindicatos. Alguns deles, também “prestam serviços” para alguns patrões, mandando muitas denuncias falsas para órgãos de fiscalização, contra outros patrões. Bem como “esquecer” direitos de trabalhadores nas homologações de rescisões, também é bom negocio para os presidentes de Sindicatos. Aliás, esperava-se de um deles, presidente da republica, que se dizia negociador, avanços nas questões do Trabalho. Mas não, comunistas são seres sem imaginação, esperam pelos acontecimentos para agir. Por isso acham que reduzindo jornadas vão conseguir aumentar o numero de trabalhadores. Estão enganados. Isso só ocorre no serviço publico. Mas ai não é bom nem começar a falar sobre isso.

7 comentários:

  1. baixa a bolinha... baixa a bolinha....
    igualdade liberdade e fraternidade.
    acima de qualquer paternalismo ou maternalismo idiota.

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  2. deixa um post em meu blog, que depois eu quero ler mais. preu te achar vlw

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  3. Era só o que me faltava, um comuno-petralha. E ainda por cima com os maiores simbolos capitalistas que existem (BigMac e Coca-Cola). Getulio era coração frouxo, deu mole pra voces. Quando nós subirmos aquela rampa a cavalo, vamos cuidar de voces a la Stalin. Um grande e maravilhoso Campo de Concentração no Pantanal, de onde nenhum de voces vão sair vivos. Pode acreditar, aproveita que tu estás em Natal e te torna embarcado. Vai ser melhor pra ti.

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  4. Meu amigo :nada se pode esperar de comunistas ,principalmente deste pessoal de sindicatos ,que na realidade são acharcadores de pequenas empresas .Eu já tive experiência patronal na área de serviços (25 funcionários) ,e quebrei a cara com ações trabalhistas .A coisa só melhorou quando despedi todo mundo e abri uma micro empresa para cada empregado (viraram ex )
    A redução da jornada de trabalho é uma falácia que agrada por aqui porque os empregados querem emprego e não trabalho.
    A realidade é bem outra .

    Abraços

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  5. Cachorro Louco:
    Os trabalhadores já poderiam estar recebendo o Mínimo do DIEESE, se tivessem um mínimo de clareza das Leis. Por outro lado, quem impede eles de serem bem remunerados são seus próprios "defensores", os deputados de esquerda. Se eles perderem o dominio, quem vai votar neles? Minha experiência foi bem pior. Tive 500 empregados e denunciei um cartel que dominava as lcitações da minha área, com ramificações até no Inferno. Fudi eles, mas fui junto. Vais ver isso no proximo post.

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  6. Nada mais coerente do que a diminuição da carga de trabalho para quem o vê como sofrimento.

    O maior sofrimento é a depêndncia, como no caso de quem depende do governo até para comer melhor.

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  7. Jurema:
    O Trabalho é como um riacho que corre suave, alegre (O Profeta). O Emprego é o inferno, algo que se faz por dinheiro, apenas. E ai começa a diferença. Para os Comunistas, que não conhecem o que é trabalhar, diminuir horas quer dizer aumento de postos de trabalho. Quem conhece o meio sabe que não é assim. E o beija-flor pode virar um urubu.

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